











O VI Congresso Brasil de Pedagogia Waldorf – O eu dialógico na diversidade cultural brasileira, realizado na Universidade Federal de Juiz de Fora (MG), de 18 a 23 de julho, reuniu educadoras e educadores de escolas públicas, particulares e organizações sociais para troca de experiências, palestras, apresentação de pesquisas de professores(as) em suas diversas áreas de atuação e oficinas artísticas e manifestações culturais – entre elas grafismo indígena, cerâmicas inspiradas na cultura marajoara, jogos e brincadeiras, cirandas, teatro, poesias, atividade na natureza, apresentações musicais, entre outras.
Constanza Kaliks trouxe o tema O eu como ser dialógico, Luisa Lamerão falou do trabalho interior do educador, Paula Levy e Sandra Eckschmidt sobre a educação infantil na Pedagogia Waldorf e o brincar, representado o grupo de palestrantes. À tarde oficinas temáticas e artísticas sobre brasilidade e o olhar para a diversidade preencheram a programação. Apresentações culturais no almoço e jantar: Folia de Reis, chorinho, apresentação de senhoras (religião matriz africana), entre outras.
Representando a Monte Azul, participaram os coordenadores pedagógicos Telma Benedicto e Mário Zoriki, as educadoras Leia Vieira, Ivanete Araujo, Ivanilde Basilio (Infância Querida Horizonte Azul), Janaina Franca e Elis Regina Moreira (Infância Querida Monte Azul).
Entre diversos momentos da programação, destacamos a reunião de representantes da Rede das Organizações Sociais na Pedagogia Waldorf – Grupo Cultivador, criada em 2020, e ‘batizada’ no evento, destacando o papel social da Pedagogia Waldorf junto à Rede Pública de Ensino, a partir das escolas comunitárias e associativas, impulsionadas pela sociedade civil organizada e trazendo a grande pergunta: “Como a gente faz para ter mais escolas waldorf públicas no Brasil?”. Telma representou a Monte Azul e o Grupo Cultivador na mesa O papel social da Pedagogia Waldorf: caminhos e desafios, em companhia de Talita Melone, Esau Moura e Elisa Vargens, representantes das Escolas Cecilia Meirelles e da Escola Municipal Araucária, de Camanducaia – MG.
Leia, educadora da Monte Azul e mãe de aluno foi convidada a falar da relação da escola com a família, e todos os eventos e envolvimentos comunitários que acontecem no Horizonte Azul.
Mário participou da mesa Diversidades e educação antirracista na pedagogia Waldorf – com Rosa Maria, Patricia Souza, representantes do MPPW e do Movimento Waldorf Antirracista. O movimento saiu com bastante apoio. Ao longo do Congresso, percebeu-se a necessidade de os professores terem um letramento inicialmente racial, mas que se descobre em político e econômico. A formação dos professores significa: cultura geral, social e política, incluso a Trimembração do Organismo Social.



Linha do Tempo Grupo Cultivador
A Monte Azul faz parte do Grupo Cultivador, representado por Telma e outros representantes de escolas públicas e iniciativas sociais com abordagem da Pedagogia Waldorf. Em 2020 deu-se o 1º encontro com 25 escolas sociais com palestras de Alexandre Raboni, Ute e Melanie Guerra. Ute, Melanie e Constance Kaliks são madrinhas do grupo, que já realizou encontros com professores, cursos, rodas de conversas e fortaleceu o programa de bolsas pelo FUB.
Este grupo fortaleceu processos dentro do movimento Waldorf, um querer da Ute desde o início. GTs deste grupo: relação escola e famílias, autonomia pedagógica, relação com o poder público e formação de professores.
Em dezembro de 2022, um belíssimo encontro presencial na Associação Comunitária Monte Azul reuniu aprox. 50 participantes, representando 20 a 30 instituições, para conhecer o trabalho da Monte Azul, as creches conveniadas e a Escola de Resiliência Horizonte Azul. Este ano, o Grupo Cultivador aproveitou para se reunir em Juiz de Fora (MG) um dia antes do início do Congresso de Pedagogia Waldorf para refletir suas práticas.